O poema vai calando em mim...
Não me importo mais com a ausência de palavras
ou com o sentir do esquecimento
que me é destinado no cotidiano do tempo...
Embora, quase sempre, também não sei o que dizer...
preciso falar... elaborar os meus pra dentro...
organizar o caos...
Mas, talvez (talvez) esteja me guardando mais... ... ... ...
E... percebo... cada dia mais...
aos poucos, a mão poeta
vai definhando o dicionário do tempo...
e a boca d'alma vai silenciando
o cinzelar de palavras... assim, assim...
simples assim...
o poema vai calando em mim...