Eu sou
(Dalto Gabrig)
Eu sou o que restou de um afeto,
O desejo que ficou guardado,
O passado ainda incompleto,
O amor que nunca foi lembrado.
Eu sou quem quase desistiu de tudo,
Tive um bem que nunca existiu,
Ouvi palavras que me deixaram mudo,
E o coração por pouco não resistiu.
Eu sou o prazer que ainda virá,
A carícia que não foi sentida,
A paixão que não desistirá,
A esperança que embala a vida.
Eu sou assim, sem muita dor,
Passo os dias sem alegria,
Vivo a espera de um grande amor,
E te imagino, como seria?
Tu és
(Hull de La Fuente)
Tu és o afeto que me falta,
A ânsia do desejo louco,
O hino de amor que exalta,
O bem que chega pouco a pouco.
Tu és aquele que persiste
Na busca do querer, real...
Confia, teu amor existe!
De ti, só espera um sinal.
Tu és o derramar da chama
Do fogo ardente e abrasador,
A loucura que inflama
O nosso porvir de amor...
Tu és a fonte de esperança,
Que traz alegria à vida.
Chegou a tua bonança...
Meus braços te dão guarida.
Querido poeta amigo, mais uma vez, obrigada pela honrosa parceria.
Um grande abraço,
Ulli