Na cabeceira da pista II

Vêm de longe,

dos 4 cantos, se aproximam.

Chegam com tanta gente,

trazem malas, maletas e mochilas.

 

Em fila indiana, acima das antenas,

Em compasso perfeito

deslizam pelo vertice.

Vêm um, dois, três e ainda mais.

 

Pássaros gorduchos com asas de lata

ensaiam o pouso.

Rasgam nuvens densas de algodão.

Plainam,roncam, chegam, tocam o solo.

 

Correm a pista de asfalto

Deixam uma pista de borracha

como rastro e saudades.

 

No derradeiro movimento,

restam estáticos e quietos.

E no silênciar das turbinas,

obsortos descansam.