Na cabeceira da pista I

Vêm de longe,

dos 4 cantos, se aproximam.

Chegam com tanta gente,

trazem malas, maletas e mochilas.

 

Em fila indiana, acima das antenas,

deslizam pelo céu.

Vêm um, dois, três e ainda mais.

 

Pássaros gorduchos com asas de lata

em compasso perfeito

tangenciam pelo vértice,

ensaiam o pouso.

 

Rasgam nuvens densas de algodão,

plainam e roncam,esgueiram pelo espaço.

Mais pesado que o ar,

por derradeiro, tocam o solo.

 

Correm na pista de asfalto,

deixam um rastro de borracha

e incredulidade.

E por fim, preguiços, se aquietam.