O bom da saudade

Um saber sem querer saber

Sem saber se se sabe

O que se quer saber

Tatear no pensamento

Saudades que fincaram raíz

E como se crescesse por conta e risco

Saudade é a soma de tudo que não quer esquecer

Saber esquecer

Pra quê?

É bonito lembrar

É bonito viver

E saber que não esquecer

É bonito, é bonito

É bonito tatear a memória

E como se garimpasse

De repente um tesouro

A memória, nosso baú de vivências

Às vezes permite rebuliço

É bonito o rebuliço também

Aparecem memórias menores

E tudo se aparece

É bonito, é bonito

Saber não esquecer