Sem nome
Na ansiedade cotidiana
Vou vasculhando vocábulos
Quero-os para mim
Abraço-os
Rabiscando um poema
Que me sugue a alma
Que a desmanche
Vire pelo avesso
Preciso de nova alma
Capaz de estar comigo
Sem me machucar
Uma alma sem tempo
Apenas alma limpa
Para que tempo?
Sou inimiga do tempo
Busco palavras
que me sufoquem
Ou me libertem
Quero unir palavras
Alinhavar tudo
Colocar em um cesto
E derrubar no texto