Para você

Olha-me,

diga o que vê?!

Um coração apertado,

maltrado,

cansado,

de outro tempos,

de outras eras,

de outras guerras.

Diga...

Se realmente merece,

um novo recomeço,

se posso mesmo,

ignorar,

todas essas sicatrizes,

todo esse sangue seco,

marcando nossa história,

minha dor...

E volto,

se for necessário,

mas não vou perdoa-lo,

não vou ajuda-lo,

a carregar a cruz,

de pecados que não são meus...

A culpa cabe agora somente a ti,

porque eu esqueci,

não me doí mais nada,

estou denovo no alto da minha torre,

distante de todos e tudo,

imune a tuas palavras doces,

teus feitiços,

teus truques.

Não acredito,

não fomos feitos um para o outro,

nossa história está encerrada,

para ti não componho mais nada,

nem siquer uma palavra,

o ultímo capitulo,

está escrito em punho,

e sangue,

e você nem siquer ficou para ler.

Você!

Por favor me esqueça,

me deixa,

sou livre,

sou feroz,

sou única,

sou passageira,

não volto,

não quero,

não me importo,

essa dor é somento tua agora,

minha lição aprendi,

eu mereço mais,

muito mais,

vou ser feliz,

com esse cavalheiro da amardura brilhante,

com seu exercíto que vem para me salvar.

Teu eterno inimigo,

pode estar a caminho,

para me buscar,

e vou fugir denovo,

no braços de outro,

e para ti sobra meu último sorriso,

um distante olhar...