O VASO E O OLEIRO

Em dia nublado de sombras

Deus me disse:

Vá à casa do oleiro

fique lá o dia inteiro

Vendo-o trabalhar

Sem questionar caminhei

E ao lado do oleiro fiquei

Quieto, observei seu labutar

Girando a roda artesanal

O jeito que ele modelava o barro

Era pura habilidade, sem igual

De repente, com precisão

Nascia um lindo e útil vaso

Mas o oleiro encontrava imperfeição

E ao barro desmanchava

E com o mesmo cuidado

Outro vaso preparava

Sem nunca desanimar

Quando seu trabalho vi terminar

Abri os olhos, acordei

Tudo foi um sonho, pensei

Em meu coração meditei

Eu, barro, nas mãos do Oleiro

Um vaso sempre em formação

A vida moldada por suas Mãos

Luiz Fraga
Enviado por Luiz Fraga em 03/11/2023
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