NOS RASTROS DOS POEMAS

NOS RASTROS DOS POEMAS

Os poemas cotidianos,

Enumeram as recusas,

Adormecidas no habitar.

Por fora das simulações,

As localizações dos voos se desviam.

Os pedidos socorrem,

Os pensamentos cintilantes das cores.

O paraíso valoriza,

O ressoar dos batimentos,

Que não despedaçam movimentos.

Os mergulhos do onde,

Descansam no fim do beber.

O fazer temporal das idas,

Esfria demonstrações.

As mesmices múltiplas,

Transformam as matérias novas em decomposições.

A permanência em abandono,

Sintetiza as pertinências,

Nos modos das definições.

O ter é negado,

Pela coletividade dos convencimentos.

A exatidão abala,

Os alicerces do nada.

O manter do apenas persistente,

Levanta-se em elevação desequilibrada.

Os olhares detêm,

A proteção da firmeza.

O retorno das imagens,

Sente as coisas com os regressos das penas.

Os recortes das inércias,

Rasgam o tato frutífero.

O detectar leve da memória,

Enruga os calafrios.

As feridas prosseguem,

Na circulação do mais,

Apressado ao machucar das lesões,

Como rastros de ausências.

Sofia Meireles.

Sofia Meireles
Enviado por Sofia Meireles em 03/11/2023
Código do texto: T7923278
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