O POEMA
Fazer um poema é como matar a sede
com o último copo de água, em dia
de cáustico verão.
É como o derradeiro palpitar do coração.
É como o botão de uma camisa que se
soltou e que jamais voltará a ser pregado.
É como uma meia sem par, perdida em
uma floresta de gavetas.
Um poema é pura e inútil magia:
único em sua individualidade...
e que tem em si, única e fatal beleza.