Dia dos mortos
Criado por um vigário,
Um francês beneditino...
Um dia como um sacrário,
Em que se guardam lembranças e ensinos...
Um dia para se honrar pessoas,
Que já não estão mais por cá...
Um dia para lembrar coisas ruins ou boas,
Um dia para orar, rezar, meditar...
Comemorar os mortos,
Comemorar a vida...
Lembrar que por caminhos retos ou tortos,
Todo estamos aqui com previsão de partida...
Vieram muitos antes de nós,
Assim como outros hão de vir...
Pensar que nunca estaremos sós,
E que devemos nos respeitar e unir...
Refletir de onde se veio,
Encontrar parte de nós no passado...
Viver é ter anseios,
Superar positivamente quem deve ser sempre lembrado...
Avó, avô, bisavó, bisavô, trisavó, trisavô, tetravó, tetravô,
Neto, bisneto, trineto, tetraneto...
Ninguém está aqui criado por um robô,
Sim por uma história, por um amor, por um afeto...
Herdamos bem mais que um carro, imóvel ou dinheiro,
Ganhamos qualidade e defeitos...
E é importante aprender primeiro,
Que precisamos sempre evoluir em nossos deveres e direitos...
E nessa vida, cíclica e em contínua evolução,
Devemos deixar o melhor de si aos nossos herdeiros...
Uma vida de humildade, amor, respeito e compaixão,
E a certeza que nada vale muito, afinal, somos só passageiros...