Solidão
Os cômodos da casa estão vazios
O exercício diário de ir do quarto para a sala
Tem sido doloroso.
Respirar silêncio na esperança de ouvir uma voz
É o pesadelo do momento.
As paredes brancas enganam a visão
dos espíritos que por aqui vagueiam
Os gritos-mudos ascendem o silêncio
E o silêncio grita saudade do lado de dentro.
As portas fechadas e os cômodos vazios
Tornam doloroso o exercício diário
De passear pela casa
Onde ninguém está.