Trago-te
Antes que eu logo durma,
Trago-te um conto e um canto,
Abrigo-me nos encantos
Que há no que está em nós.
Vou devagar, sem pressa,
Não sou presa dos nossos
Infinitos planos e sonhos,
Fico no ar sem movimento.
Tudo se perde se eu corro,
Não ouso me perder de nós,
Ainda sou a mesma, sempre,
Aquela de juntar as peças
De todos os nossos dias
Que não pertencem a nós!