Existir-se
O olhar de quem se vê
é olhar único.
Os olhos de olhar pra si, criam o que se é,
sem replica noutros olhares.
Neste intransferível olhar
a infinitude de ser único está configurada.
Destarte,
existe-se a cada momento,
numa reconstrução infinda,
a cada lapso de tempo.
E se é fruto do própio tempo.
Então,
por derradeiro, no percurso de ser,
se é o que se vive existindo-se.