NARCISO

Olha, 
não vês que há rachas
e trincas no vosso espelho.

Não vês
que teu reflexo refrega,
refrea, refrata, refrange, 
são visões doutros rachas de si próprio.

Não vês que rachas
são capazes de ti fazer valer do erro da perfeição, do panic emotional e do inflexível das premissas erradas.

Não vês? ... ó narciso, que morto tu jaz cativo há de ficar da revolta dos polidos dielétricos, 
que deveras revoltam-se contra si, presa da tua persona hostil.

Não vês? ... ó narciso das visões desaprovadas, que presa serás das vozes que se modificam?
 
Cuida-te!

O filme segue projetado ao seu bel-prazer onde imperam o ilógico, o surreal e o bizarro.

Ó narciso, não vês que já está a faltar espelhos!

SERRAOMAOEL - SLZ/MA - TRINIDAD - 26.12.2007.
serraomanoel
Enviado por serraomanoel em 26/12/2007
Reeditado em 26/12/2007
Código do texto: T792088
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