Saudade e Ficção
Insistir em meu ser mental e racional,
Mas eu, o eu natural, anseio irracional.
Transbordo em verdades, saudade me faz vibrar,
Pulsante e completo, anseio me encontrar.
Na multidão, busco no tumulto sem fim,
Onde vozes retumbantes confundem meu sentir.
Saudade, enfim, se despede, abraço a presença,
Mas em meu âmago, uma fera, uma incerteza.
Emaranho-me em sentimentos, disfarces na pele,
Aparente ferida ou morta, segredo em meu ser.
Simulada sobrevivência, talvez ilusão,
Mas permaneço vibrante, meu coração em ação.
Desejei a realidade, mas meu íntimo quer fingir,
A pulsação intensa, o desejo de prosseguir.
Nesse rio de encenação, perco a humanidade,
Planos de traição arquitetados, com ambiguidade.
Gostar é meu direito, ninguém pode privar,
Fingir é revelar a verdade que tento ocultar.
Afundo nas profundezas, a vítima se desfaz,
Ansiando sentir um passado que nunca foi capaz.
De repente, o inesperado me invade o ser,
O real e o falso se entrelaçam, a compreender.
Distante de mim, no campo da mente dela,
Descubro a essência de um desejo genuíno, sem sequelas.
Ao contrário de seu anseio distante e peculiar,
Eu, o coração de leão, desejo o amor singular.
Enquanto ela busca distância, no meu peito a verdade,
Um amor intenso, genuíno, sem qualquer falsidade