TAVERNAS, ALCOVAS E O MAR!

Canecas vazias largadas ali

Rasgos para farrapos passados

No olhar a Lua ridente

Vagueia na imensidão do pensamento

Vago lamento da ausência

No acre sabor da vinhas

Escondem os afagos sentidos

Coração silente amarga

Esta distância impertinente

Canecas vazias, coração pirata

Seixos escondidos aos cantos

Ametistas para teu olhar sorrindo

Tua boca ardente se entreabrindo

Fartos beijos em teus seios

Ah! que doces lembraças me aguçam

Sinto meu teso te invadindo

Tomando tuas entranhas com volúpia

Ardente desejos que profanamos

Batendo as portas tomo a rua

Na embriaguez do sonho acordado

Teu corpo nu me chama agora

Estendo o braço para a améia

Rasgando a noite trôpego

Tenho que cruzar a noite em teu encalço

Velas se enfunam no destino

Outra travessia por esses mares

Estrelas dançam zombeteiras

Quilha corta estas latitudes

Só tenho um destino agora

Entrar pela soleira imediatamente

E saciar minha sede de teus beijos

Sentir o calor de teu colo

Navegar entre tuas coxas

A caneca cheia, novas vinhas

Tuas mãos a me afagar

Toda distância apenas retarda o reencontro com o bom da vida!

Peixão89

Peixão
Enviado por Peixão em 30/11/2005
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