A minha janela

A minha janela

Aqui onde o silêncio é deleitoso e se esvai

Aos olhos lentos de quem na paz sobressai

Descansam os dias no ventre de Outono

Nestas madrugadas vazias de luz e de sono

Tocam na janela nuances cromáticos cinza-pastel

Em mistura com os cheiros aromáticos da própria pele

Poros abertos sonhadores regados pelo perfume meu

Que exala do corpo como chuva das nuvens do céu

Todo o ambiente é caminho onde feliz vagueio

Com a visão da mente que se abre ao devaneio

Sigo descalça e leve para nem sequer te perturbar

Não vá o teu rosto ausente num desvio me olhar

E por aqui ando com vista sobre a minha janela

Enlaçada em mim e tudo que me prende a ela

Luísa Rafael

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Porto, Portugal

Luísa Rafael
Enviado por Luísa Rafael em 28/10/2023
Código do texto: T7918980
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