A alma que fugia do corpo
Quando a bela dormia
Sua alma se evadia...
Para outras paragens ia
Outros tempos da História
Outros lugares da Geografia
Ia tomar o chá com a Rainha
Beber o vinho do sul da França
Ou acalentar uma pobre criança...
Esse voo lhe conferia liberdade
E esperança
Tão relaxada ela ficava
Que, quando despertava,
A alma meio que protestava
E não queria voltar!
Quem se vestia era alguém só corpo
Que tomava o banho a higiene o café
Até que a essência esvoaçante
Se apossava de novo da donzela
Para executar as rotinas do dia
E planejar uma viagem, à noite
Ainda mais bela!