Seres vivos
Este é um outro eu que, como eu, é matéria viva, mas com outra vida. Somos iguais e diferentes, animal e gente, gente que é animal, animal que é gente. Espécies distintas compartilhando o mesmo elo da corrente. É impossível dizer com certeza onde começa o homem e termina a serpente. Dizem que são inigualáveis! Mas me diga, viemos do mesmo pó, da mesma fadiga. Que importa se é homem ou formiga? Viva! Viva... o peixe no mar, que vale menos do que o indivíduo no seu escritório, escrevendo mil e um relatórios para dizer a mesma coisa todos os dias. Prefiro o outro eu, assim como eu, animal. Tal qual igual a mim, descendente de um único parente, escravo de uma patente que nos unifica, a todos, seres vivos.