Alma Noturna

Eis me devastado, perdido

nos escombros d'alma

que, perdida, segue

É dor descomunal

Tal qual a infinita ausência

Não cicatriza a ferida aberta.

Doravante, sem sabença

De outra coisa não quer

Haja pois a certeza

Que na estrada segue mesmo perdido

Que mesmo ausente a lua

Na escuridão que tudo esconde

Possa a coruja da saudade velar

Os caminhos do andarilho perdido

Assim,

Poderá se dizer

Que bem maior é

Saber que no crepúsculo solar

Será a noite amiga companheira