Na solidão do poema
Tempo não há.
Ainda não aprendi a esticar as horas.
No entanto, encontrei um minuto
em meio à noite insone,
um único e disfarçado momento
de ponteiros retorcidos
e horas paradas,
para deitar-me
Sob a Sombra da Tabacaria
e deixar a alma navegar
na melodia ornitorrínquica da tua.
E na solidão do poema
o vento soprou em minha cara.
Calei-me!!.
Simples assim...
Porque me disse o poeta:
quando a palavra
toca o espírito,
a gente cala...
Maria, tagarelando com o poeta e escritor Viegas Fernandes da Costa.