A OUSADIA DE UM GRÃO DE AREIA
A OUSADIA DE UM GRÃO DE AREIA
Mário Osny Rosa
A vida num grão de areia
Naquele tempo passado.
Em nossos dias permeia
O vidro que foi inventado.
Era dada vida a claridade
Foi logo do grão de areia.
Da escuridão a realidade
Na beleza de uma sereia.
Com avanço da ciência
A areia bateu à arrogância.
Com toda a benevolência
Já superou toda a distância.
Com o brilho e elegância
Encarnou a bela imagem.
Em sua grande militância
De uma linda carruagem.
Ao falar no telefone
É a bendita areia.
Ou ver no vídeo fone
A rapidez já semeia.
Ao assistir a televisão
Da areia a fibra de vidro.
Em toda e qualquer versão
Nem mais parece perigo.
A maior riqueza da terra
Dessa terra maltratada.
O que nela logo enterra
O grão de areia velada.
São José/SC, 24 de dezembro de 2.007.
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