PALAVRAS ESTRANHAS

Na infância

Eu frequentava um templo

Que me ensinava o medo

Enquanto misturava

Palavras estranhas

Que chegavam aos meus ouvidos

Como se fossem uma guilhotina

Escondendo os risos

Sob um ritual melancólico

Que mais me afastava

Do que me aproximava

Daquilo que se chama céu

Até que um dia

Ultrapassei as fronteiras do ritual

E percorri os caminhos da dúvida

Para enfrentar sem medo

As palavras que até hoje

Continuam estranhas

Mas perderam todo o sentido

JOAQUIM RICARDO
Enviado por JOAQUIM RICARDO em 22/10/2023
Código do texto: T7914507
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