ALMA ILUSÓRIA
Assim palpitava meu coração,
Órgão descompassado de emoções...
Assim tangia em tanta solidão,
Como as teclas suaves das canções...
Valsa que de mim se fantasia,
Nos palcos alegóricos da desilusão,
Enquanto canto, faz-se vazia,
Na poesia que separa corações...
Meu sangue puro nas páginas rubras,
Que outrora fluiu como seiva da vivência,
Agora é o veneno na veia aflita,
Que, por si, findou de sua essência.
Ah! O verbo amar, versos no vento...
Entoa esta alma na dor da falsidade...
Se a vida é eco a se rebelar,
Pelos surdos tímpanos da felicidade...
®
Giovanni Pelluzzi