JUÍZO FORA DA LEI

Meu juízo não é servo da norma,

da moral ou da tirania de qualquer razão dominante.

Ele é filho da liberdade

e irmão da loucura.

Não se apequena como escravo de qualquer verdade,

fé ou ideal universal de felicidade.

Meu juízo é niilista, trágico e imanente.

Não reconhece a autoridade dos tribunais e das racionalidade dominantes.

Está plenamente ciente

da sua infinita insignificância

e da relatividade de tudo que existe,

é pensado ou julgado.

Meu juízo parte da premissa

de que o mundo não é humano,

nem é o homem a medida de todas as coisas.