NEM NOBRE, NEM PLEBEU
NEM NOBRE, NEM PLEBEU
Nas voltas que o mundo deu...
Nas voltas que ainda vai dar
Meu ser andarilho, esmoreceu
Pairando na beira do mar...
Não sou nobre, nem plebeu...
Mas riqueza hei de deixar
Que a poesia me concedeu
Em reino para bem guardar...
Tristeza que em mim doeu...
Nas alegrias a tanto gritar
O que é meu, me pertenceu
A gratidão só faz aumentar...
Só quem do amor se perdeu...
É quem tenta o reencontrar
Em algum coração fariseu
Cansado por se enganar...
Num só pensamento meu...
Partículas a se dissipar
A fagulha que ascendeu
Ao alto no céu foi tocar...
(NEM NOBRE, NEM PLEBEU - Edilon Moreira, Janeiro/2021)