" Terra seca implora socorro "
Por falta d'água, perdi meu gado, a terra seca implora socorro,
Morreu de sede meu Alazão, seu relincho ecoa como um lamento de socorro.
Seca no nordeste castiga a terra, transforma sonhos em desespero,
A fogueira de São João brilha, mas a tristeza da seca é um enigma sincero.
No arraial, as pessoas se reúnem, dançam ao som da sanfona e do baião,
Mas nos olhos dos nordestinos, há um eco de tristeza, uma profunda aflição.
A natureza seca, a esperança murcha, mas o povo segue com devoção,
Na festa de São João, busca alívio, tenta esquecer a seca em sua nação.
Os rios que já foram vivos, agora são leitos de pedra e poeira,
As plantas murcham, os animais buscam água em vão, a terra inteira.
No calor da fogueira, o povo encontra um refúgio, uma maneira,
De enfrentar a tristeza da seca, de manter viva a esperança verdadeira.
Apesar da seca que assola, no coração nordestino há resistência,
Na dança, no calor humano, encontram força, em cada existência.
A seca é um desafio, mas o nordeste é feito de perseverança,
Na festa de São João, renasce a esperança, na dança, na criança.
Diego Schmidt Concado