Amanhã - A Senhora da Incerteza

Amanhã, a senhora da incerteza,

Anuncia diariamente

Um novo fim do mundo.

Diante dela, mesmo com infortúnios,

Juro empregar fogo, carvão e fósforos

Para queimar caminhos preestabelecidos

E valores que aprisionam as estradas.

Aos berros e em centenas de movimentos,

Desejo forjar novas conexões,

Construir, com meu próprio suor, abrigos inéditos.

E caso o impiedoso amanhã derrube

O ânimo e as vigas da minha vida,

Aprofundarei minhas ações,

Transbordarei além das possibilidades.

No meio do caos, do imprevisível furacão,

Emerge um grito em busca de escolhas genuínas.

Enfrentando a crua realidade,

A incerteza do porvir e o peso do presente,

A coragem de conquistar o terreno e rastejar

Mesmo sob as amarras das circunstâncias,

Em busca da liberdade no labirinto entrelaçado

Entre o passado e o que está por vir.

E de noite, só,

Entrelaço-me com a angústia

Diante do tempo, dos intempéries

Percorridos no relógio.

Faço barulhos em silêncio

Enquanto busco informações

De quem é importante a mim...

E nada obtenho de novidades.

Na teia de absurdos, no labirinto,

Semanas destiladas em frustrações.

E se corre o tempo todo em busca de algo.

Eu tento viver da melhor forma que posso

E invento uma saída diante das grades das

Situações e do chorume imposto pelo fardo do amanhã.

Dennis de Oliveira Santos
Enviado por Dennis de Oliveira Santos em 18/10/2023
Reeditado em 18/10/2023
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