Soneto de partida
Paredes pintadas ingênuas
Num corte enquadrado um retrato
A vida vivida sem laços
O choro contido e silente
Não posso mais lhe fazer mal
Apesar da dor da partida
Amanhã não vou estar mais contigo
E não vais saber de mim
Dou-lhe adeus
Sei que me prometeu
Ficar até a eternidade, enfim
Assentará a poeira
Vai limpar o coração
E resplandecer um novo refrão