ONTEM, HOJE E AMANHÃ
Com meus cabelos grisalhos,
Vou caminhando a passos largos,
Observando a ventania,
Que agora traz agonia.
Tudo parece distante,
Mesmo estando tão perto,
A visão não ajuda mais,
Me sinto num imenso deserto.
Deserto do amor que perdi,
Onde não posso encontrar mais,
As experiências vividas,
De uma época (não) jamais esquecida.
O tempo é mesmo assim:
Lembranças vem e lá se vão...
Só me restam, no entanto,
As marcas na palma das mãos.
Vários sinais eu cultivei,
Alguns que podem transcender,
Por gerações incertas,
Onde poderei também crescer.