MAR DE INTRIGAS...
Queria apagar o ontem...
E novamente sorrir...
Descobrir em todos à amizade...
Sentir-me imaculado...
E também invulnerável...
Queria estar onde não existissem traições e nem maldades...
Mas sei que neste mundo...
Não irei encontrar...
Hoje sou como uma nau a deriva...
Perdida sem rota neste mar de intrigas...
Sou a água do mar sem seu brilho...
Sou a lua sem o esplendor...
Sou o beija-flor que não rodopia...
Sou a flor sem cor...
Sou o amargo do mel...
Sou a canção sem tom...
Sou a tristeza de uma criança...
Sou da noite eterna a escuridão...
Sou o silencio do som...
As lágrimas fluem por minha face...
A angustia circula o meu ser...
A dor lacera meu coração...
Encontro-me perdido...
Sem eira nem beira...
Tendo como companhia...
Somente a frustração...
(Ocram 28/02/05)