ESTRANHAS RIVALIDADES
ESTRANHAS RIVALIDADES
Que estranhas rivalidades
Tenho comigo!
Suplanto raízes em solos maculados,
ergo ilusões nos afetos vãos
e me saboto ao construir
esse eterno retorno àquilo
que julgo ser princípios.
São precipícios lacrimais
travestidos de corpos amorfos
que, no entanto, deitam-se ao meu lado,
na esperança de ser tornarem dois.
Há tanta fome e já não sei
ser oito ou oitenta
e já não sei mais o que
me atenta.
Mas eis que sou refém
desse sentimento de desmerecimento
de ser livre desse marco.
Sobre os teus passos
não arco de ser de ser amável.
Devolva-me ao mundo
em que eu era
desdobrável.
Homem incontrolável EU SOU.