ESTRANHAS RIVALIDADES

ESTRANHAS RIVALIDADES

Que estranhas rivalidades

Tenho comigo!

Suplanto raízes em solos maculados,

ergo ilusões nos afetos vãos

e me saboto ao construir

esse eterno retorno àquilo

que julgo ser princípios.

São precipícios lacrimais

travestidos de corpos amorfos

que, no entanto, deitam-se ao meu lado,

na esperança de ser tornarem dois.

Há tanta fome e já não sei

ser oito ou oitenta

e já não sei mais o que

me atenta.

Mas eis que sou refém

desse sentimento de desmerecimento

de ser livre desse marco.

Sobre os teus passos

não arco de ser de ser amável.

Devolva-me ao mundo

em que eu era

desdobrável.

Homem incontrolável EU SOU.

Leo Barbosaa
Enviado por Leo Barbosaa em 15/10/2023
Código do texto: T7909060
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