Por que tantas potestades?
Tantos soberanos...
Deus, sempre será Deus.
Diminuído ante o inimigo.
O próprio homem, sua criação.
Para que guerras, crianças decapitadas.
Quem afinal tem o poder? A economia!
Ah! Esse tempo de Deus...
Que nunca ocorre, ou passa.
Somente a dor em sua eternidade.
Não clamo ao trovão.
Sequer ao martelo de Thor!
Não clamo nunca nada a ninguém,
ou qualquer outro Deus.
Deito-me apenas sobre a relva
sentindo a aragem no rosto...
Essa chuva fina sob o sol,
prenúncio de primaveras
em Cristo.
Niteroi, 14.10.23