LÁGRIMAS
E quando ainda na madrugada,
Ao despertar
Elas mal me deixam abrir os olhos,
E já correm em minha face morna.
Teimosas e inquietas,
Como um rio,
Molhando o travesseiro,
Traçando leito.
Lágrimas de saudades,
De dor,
Lágrimas de solidão.
Que entre um e outro suspiro
Terminam em minha boca,
Que travam com seu amargor.
Então com as mãos tremulas,
Eu apenas as enxugo.
Ignorando as lamúrias,
A ansiedade da lembrança
de um tempo que não volta...
E vivo silenciosa,
o dia que despontou.