Queimar a Arte...

Quero queimar a arte...

Por quê?

No disparate incoerente...

Para quê?

Crucificar o gênio...

Do que seria feita essa dor?

É totalmente diferente...

O vácuo, no peito faz produzir...

É tudo no muito...

Intensamente...

Não me pergunte, porque desprezam tanto a escrita...

Não acreditam mais...

Eu tenho que ver e ouvir...

Senão, para quê sentir?

Sentir palavras grafadas...

Quanta profundidade exige, isso?

De fato...

Seriam muito variadas, as maneiras de sentir..

Mas para mim...

É que para mim...

Pareça, não ser possível...

Que toda infindável dor...

Em leitura, não possa ser sentida...

Do modo que for...

Ai...

O vácuo que me dói...

A luta, que me trava...

Que se põe diante de mim...

Perversa!

Quem acredita?

Alguém ainda acreditaria, em alguém?

Ninguém!

Você morre só...

Vive?

Só?

Acompanhado?

Não destoe a solidão...

Que seja escolhida...

Que só na dor, é realmente sentida...

Amem...

Crucifiquem, o que tiver...

Crucifiquem na arte...

Mas, não crucifiquem a arte...

Deixe só o poeta...

Sabe...

Sabe...

De tanto saber...

Não aguenta!

Intolerância ressentida...

Não compreendam...

Já acostumei...

A incompreensão, tornou-se a dona do espetáculo...

Grito, no fundo...

Mato o gênio imundo...

Percebo, sua liderança...

Para que negar?

Queimar a arte, daqui...

Pelo egoísmo...

Quem tenta entorpecer...

Abafar...

Só aumenta...

Feita de dor...

Ser a dor...

Ardor...

Nada mais me encanta, do que o sofrimento contínuo...

Ah! Se quer deixar de sofrer...

Amenizar...

Despautério de mundo...

Como lidar com o vazio?

Sendo o mais profundo, já não há onde cavar...

Se me dizem, que o pessimismo não seria real...

O que mais seria?

Se essa, toda pessimista, brilha na beleza sem "positividade"...

Deixem de ditadura!

O inferno de felicidade que criam, está inundado de maldade...

O choro escondido, dentro dos meus olhos e da mente..

A raiva, que também habita...

Alguém valoriza realmente, o que você fala?

Talvez...

Mas, a própria versão de interpretação e realidade, sempre irá pretender...

Pela minha ótica, sou livre...

Então, me basta!

Pelo meu enfrentamento, o mal compreendido...

E por acaso, não somos assim quase todos?

O gênio, tem certa razão...

Ninguém o olha de verdade...

Mas, prezados!

Prezados!

Prezados!

É sempre, a própria versão!!!

E que se dane, a minha terrível cognição!

Que me faz delirar lucidamente!

E se já não sei mais, onde expor as lamúrias!

Nesse inferno!

Onde?

Onde?

Como não explodir?

Desconcerto cerebral...

Derretimento mental...

Abusa do dom da vida...

Quantas?

E quantas?

Se o espírito, passa pela Terra...

De todos os tipos...

E haja!

Haja!

Dor pela dor!

E a mente, já não cabe no cérebro...

Circuita...

O tipo de agonia, que só é visível se deixar transparecer...

Não vê!

Não vê!

Desplante em vão!

Não!

A sinfonia orquestral, desorganizada...

Plenamente desenfreada...

Ah! É só quem sente!

Gisele Maria
Enviado por Gisele Maria em 12/10/2023
Código do texto: T7907267
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