QUANDO (C)FALA A POESIA.
E quando fala a Poesia
Ponho-me em silêncio
A escutá-la, auscultá-la
Nos timbres de uma voz
( A tua?)
Soam-me ecos
Dum coração em batidas
Suam-me os poros
Em peles aquecidas
Invadem-me o sono
Teus olhos noturnos
E durmo de sonhar-te
E sonho de querer-te
Na cegueira de não ver-te
E quando cala a Poesia
Com mudez de eternidades
Como se fosse antes
Encontro rimas no amanhã
Em versos inacabados
Esquecidos pelos caminhos
Perdidos em distâncias
Nas lonjuras viajantes
Dum amor itinerante.
Elenice Bastos.