Intrépidas crianças
Seria maravilhoso se pudéssemos voltar ao tempo de criança
e usufruíssemos de tudo o quanto fosse belo.
Seria maravilhoso, se o tempo não passasse tão de repente
fazendo com que todos nós amadureçamos e passemos á novas etapas da vida.
Retroagindo o tempo, somos conscientes de que a imaginação nos permite contemplarmos o cotidiano.
Voltar a ser criança e brincar a vontade:
Jogar bola; andar de balanço; correr no campo; colher flores e dalas a alguém; comer guloseimas; dançar; andar de bicicleta; pular corda; nadar no rio; fazer travessuras; chorar por algo não concedido e até sonhar com o futuro.
O inteligente menino chamado Lourenço, tinha quase tudo isso à sua disposição e ainda reclamava.
Certo dia, juntou-se a um grupo de coleguinhas e quando foram brincar no balanço do parque, ele caiu e quebrou um braço, provocando espanto e correria, com pedidos de socorro.
Atordoada, Simone, sua prima, que brincava com as borboletas, foi até a sua casa e comunicou o fato.
O balanço era bastante frequentado pelas crianças, mas a partir do acidente que vitimou Lourenço, ficou quase sem ser usado.
As borboletas continuavam a voar, pousando no jardim, num vai e vem colorido.
Depois que Lourenço passou pelos procedimentos médicos, mesmo com o braço engessado, voltou a brincar no balanço, entretanto, recebia ralhos dos pais.
As energias das crianças se multiplicam e quem acompanha o proceder de cada uma delas, sabe o quanto são valorosas, criativas e carinhosas.
Ser criança é um privilégio e os rastros que ficam para trás, entram no mapa das boas lembranças de um tempo que não volta, mas nunca é esquecido.
Felizes são as crianças que encantam com as suas proezas e tem o dia 12 de outubro como marco comemorativo, no entanto, além dos brinquedos que recebem de presentes, ainda tem o resto do mês para celebrarem e assim, aproveitarem o tempo festivo.
A criança é símbolo de inteligência. A criança é sinônimo de afeto. A criança é manancial de alegria.
Sejamos crianças, mesmo que já estejamos na idade adulta ou até na fase idosa!
Autor: Paulo Vasconcellos, escritor e poeta, integrante do Grupo PCDV
**Texto publicado no evento da Academia Virtual de Arte Literária - AVAL, em homenagem ao mês da criança!