GÊNIO E SEU INSTRUMENTO

Versos de Valdir Loureiro

Não sei como é isto, não.

Um gênio pega um instrumento,

Bota na palma da mão,

Seguindo o seu pensamento.

E faz um deslizamento

Rápido, em múltiplas direções,

Naqueles diapasões,

Que viram divertimento.

Quem vê esse movimento

Fica aplaudindo de pé,

Sem entender como é

Que tudo isso se passa.

Mas é um dom que vem de graça

A fim de entreter alguém

Que sonha em ter, mas não tem

O que outra mão abraça.

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Versos acima: 16 redondilhas maiores em 4 quartetos.