ESCURIDÃO

Indecisão, embaixadora da agonia !

Desabo no ócio do pensar

em meio a cabeça pendente de fadiga

Olhar ansioso, sensação de escuridão

Âncoras profundas na humana desventura

Já não consigo mais sonhar

Vivo profundos pesadelos,

Em meio as noites secretas e vazias

sinto o corpo Fausto, cansado

com as pálpebras marejantes sem fim

Prazer mórbido, mitigado de irrealidade

Já nem sei se é sonho ou pesadelo

Fico inerte nas veredas da dúvida

Tantos planos, desejos insalubres

Em meio ao barulho do silêncio,

Sinto o desespero do trágico presente.

José Rafael dos Santos Alves
Enviado por José Rafael dos Santos Alves em 07/10/2023
Reeditado em 07/10/2023
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