ESCURIDÃO
Indecisão, embaixadora da agonia !
Desabo no ócio do pensar
em meio a cabeça pendente de fadiga
Olhar ansioso, sensação de escuridão
Âncoras profundas na humana desventura
Já não consigo mais sonhar
Vivo profundos pesadelos,
Em meio as noites secretas e vazias
sinto o corpo Fausto, cansado
com as pálpebras marejantes sem fim
Prazer mórbido, mitigado de irrealidade
Já nem sei se é sonho ou pesadelo
Fico inerte nas veredas da dúvida
Tantos planos, desejos insalubres
Em meio ao barulho do silêncio,
Sinto o desespero do trágico presente.