Um Velho Caubói

Eu sou um velho caubói,

Um homem atingido por fogo amigo,

Acostumado com os tiroteios nas cidades,

Aceitando que o passado é inalterado,

Mas laçando o hoje no pulsar das minhas veias.

Cicatrizando feridas, confundindo os abutres,

Dia após dia seguindo um longo caminho

E não aderindo a cegueira alheia

Por um punhado de dólares.

Entre canalhas e trapaceiros,

Cavalgo por uma estrada sem fim,

Vou vivendo como se fosse a única oportunidade

De existir, amar e degustar longos goles.

E toda vez que os dados do futuro incerto

São lançados nos áridos caminhos,

O que era sólido desmancha no ar,

Assumo o que sou para não ser escravo,

Aceito o amor oferecido por uma bela mulher,

Viajo passo a passo, dos curtos aos turvos

Caminhos para pavimentar a felicidade...

E se tiver de atirar, atiro, não falo,

Saco a colt contra qualquer oponente.

Dennis de Oliveira Santos
Enviado por Dennis de Oliveira Santos em 06/10/2023
Reeditado em 06/10/2023
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