Um Velho Caubói
Eu sou um velho caubói,
Um homem atingido por fogo amigo,
Acostumado com os tiroteios nas cidades,
Aceitando que o passado é inalterado,
Mas laçando o hoje no pulsar das minhas veias.
Cicatrizando feridas, confundindo os abutres,
Dia após dia seguindo um longo caminho
E não aderindo a cegueira alheia
Por um punhado de dólares.
Entre canalhas e trapaceiros,
Cavalgo por uma estrada sem fim,
Vou vivendo como se fosse a única oportunidade
De existir, amar e degustar longos goles.
E toda vez que os dados do futuro incerto
São lançados nos áridos caminhos,
O que era sólido desmancha no ar,
Assumo o que sou para não ser escravo,
Aceito o amor oferecido por uma bela mulher,
Viajo passo a passo, dos curtos aos turvos
Caminhos para pavimentar a felicidade...
E se tiver de atirar, atiro, não falo,
Saco a colt contra qualquer oponente.