PROFUSÃO
PROFUSÃO
Esvaziam-se os centros
Fecham-se lojas
Profusão de placas
Vende-se
Aluga-se
Sonhos que viraram
Pesadelos
Moradores de ruas vazias
Em marquises duras
De concreto aparente
Que aparenta morte
De vida vazia
Instalam-se
Poucos passam
A poucos destinos
Quem sabe desatinos
De portas abertas
A assaltos e riscos
De serem riscados
Do mapa sem fronteiras
E frontes cabisbaixas
Pela droga da impotência
Ou pela impotência
Que leva a droga
E aluga-se a vida
E vende-se a morte
No débito
No crédito
No PIX
No boleto
Sem sair de casa