NO SILÊNCIO DA POESIA
Andam me perscrutando os versos.
São deveras imóveis, serenos, inertes.
Eles pairam. Estão à minha espreita,
como na rosa sem espinhos, inerme.
Estão quietas, as rimas do poema.
Aguardam o momento, silenciosas.
Têm, a resolver, um difícil dilema.
Pois, das palavras, elas são ciosas.
Já se veem as palavras iminentes.
Com as prudentes rimas, almejam decerto
brilhar, como faz o sol, ao poente.
Tornar-se-ão reluzentes, em versos despertos.
Apresenta-se solenemente a poesia.
Na calma e no sigilo, foi ela tecida.
Urge agora nela penetrar, com ousadia.
No silêncio, encontrar suas rimas polidas.
Revisora textual, Consultora literária, Membro da Academia Virtual de Poetas da Língua Portuguesa (AVPLP) - Acadêmica Titular do Brasil e de Portugal; Membro efetivo da U.A.V.I (União de Autores Virtuais Independentes); Acadêmica Imortal da Academia Mundial de Cultura e Literatura (AMCL) e Imortal Fundadora da Confraria Internacional de Literatura e Artes (CILA)