CODINOME AUSÊNCIA

CODINOME AUSÊNCIA

Melhor não existir

do que existir na ausência,

porque todo afeto me afeta

e sua falta também.

Esta é a maldição do poeta:

condensar todos os vazios do mundo

na sua ignorância, autossabotagem.

Eu, que já não vejo sol nesta cidade,

tento cumprir minha mocidade,

mas meu estigma de velho homem

me persegue, mais que minha própria

sombra.

Almejei tanto minha liberdade

e, hoje, por vezes, ela me atordoa.

Não sou livre, então...

Sou refém dessa solidão.

Escravo da angústia,

mas, heroico neste eterno retorno

de vida.

Leo Barbosaa
Enviado por Leo Barbosaa em 05/10/2023
Código do texto: T7901817
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