REMAR
Francisco de Paula Melo Aguiar
Remar contra o vento
É possível mesmo assim
Depende do momento
Não é como flor de jasmim.
É deixar para trás
O que já passou
Que na frente tem mais
Se não observou.
O vento sopra onde quer
O combustível é invisível
Para o quê der e vier
Porque tudo é possível.
É como água
Em pedra dura
Análoga à língua
Que bate até que fura.