O verdadeiro amor
Havia uma humilde senhora
Que vivia a cantarolar pelas ruas
Sorria e cumprimentava todos ao redor
Mas ninguém a via, ninguém respondia
Seria uma louca ? Uma doente qualquer ?
Que medo as pessoas sentiam daquela mulher
Sentada na beira da calçada
E sozinha, às vezes dava gargalhadas
E em meio a sua pobreza
Às criancas ajudava, abandonadas
E todos passavam e não viam seu sorriso
Perdidos em seus celulares
Em seus problemas imprecisos
Até que chegou um humilde rapaz
Que para ela olhou, querendo saber mais
Chegou-se do seu lado e começou a falar
O que a senhora tem para me ensinar ?
A senhora sorriu e continuou cantando
Em versos e poesia o rapaz anotando
E então, finalizando aquele encontro solitário
Pôs-se a manejar as mãos falando do calvário
Com os braços abertos sinalizou a cruz
O poeta em lágrimas entendeu a alegria
E não haveria maior poesia
Do que resplandecia aquela senhora a luz
Ela dizia, que a alegria se fazia todo dia
Pelo amor e fé de que um dia encontraria Jesus