Na palma das mãos

Na palma das mãos

As minhas mãos de quebrada porcelana

Brancas em nuvens de ilusão insana

São um céu onde cada uma pousa cansada

Num mapa de uma noite estrelaa

Nada vejo de tão inquietas na procura

Perdidas em ti em rota dos astros escura

Tocam a tua pele com polpa dos dedos

Como se toca a lua de mistérios e segredos

São mãos de estrada longa cinzelada

Linhas azuis de sina cruzada

Esguias com janelas de olhos curiosos

Gélidas como mármores silenciosos

Ai, meu amor que as minhas mãos nunca te tocaram

Mas de todas foram as que mais te amaram!

Luísa Rafael

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Porto, Portugal

Luísa Rafael
Enviado por Luísa Rafael em 01/10/2023
Código do texto: T7898831
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