Almas na varal

Primeiramente, um trabalho

Pode ser um quebra galho

Pra eu comprar o meu feijão

Meu ganha pão

Sempre veio do suor

Assim, me sinto melhor

Parecendo um cidadão

Não quero esmola

Pois ainda estou sadio

Nem quero sentir o arrepio

De não me sentir ninguém

Só sabe quem tem

Uma panela vazia

E vê, a morte do dia

Matando a nós também

Almas no varal

A cruz no quintal

Guardando o corpo

De quem nem nasceu

A vida morreu

Sem ter nem nascido

E o nome escolhido

Nem soube que é seu.

Marco Menezes

Marco Menezes ( Cabral )
Enviado por Marco Menezes ( Cabral ) em 01/10/2023
Código do texto: T7898807
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