Aquela cerejeira

Aquela cerejeira

Aquela cerejeira que com o frio se despia

Dos borbotos de lã rosa poesia

Às vezes era soalheira quando chovia

Outras à sua maneira como lhe apetecia

Tinha uma feminilidade graciosa magenta

Não dava cereja rubra deliciosa suculenta

Andava nas nuvens com um braço no ar

Adormecia sonhadora no regaço do luar

Aquela cerejeira que se vestia de algodão

Num tecido Primaveril com flores de Verão

Às vezes era vento que me embalava o sono

Outras era silêncio em palavra de Outono

Tinha sempre a percepção do meu sentir

Aquela cerejeira que me fazia sorrir

Luísa Rafael

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Porto, Portugal

Luísa Rafael
Enviado por Luísa Rafael em 30/09/2023
Código do texto: T7897646
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