O assassinato do português Porque "?"
Assassinei o português
Porque iniciei a frase com porque
E terminei interrogando o sujeito
Mas, mais do que isso, isto ou aquilo
É o fato de que viva ou morta
A língua não foi capaz de responder
Os titubeios poéticos existências da vida
A interrogação precedida de porque
Desconstruiu à exaustão o português
Mesmo que com o escrachado socorro
da sempre providencial licença poética
Mais, mas ainda assim há valores na contenda
Há que se extrair algo deste devaneio
Pois, é filosófico que as melhores respostas
sempre terminam com por quê!